sexta-feira, 28 de maio de 2010

Bebê que teria sido esfaqueado pelo pai morre no RS

Menina de 3 meses teve ferimentos no intestino e no pulmão.
Ambulante, que está preso, teria dito que queria se vingar da mulher.


Uma criança de três meses que teria sido esfaqueada pelo pai não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada desta sexta-feira (28), em Porto Alegre. Segundo a polícia, o pai disse que brigou com a mulher e, para se vingar, atacou a filha, na noite de quarta (26). Ele está preso.

A menina estava no quarto com o irmão quando foi atacada. Ela teve ferimentos no intestino e no pulmão.

A mãe teria dito aos policiais que o marido não era agressivo com as crianças, mas testemunhas discordaram dessa afirmação. De acordo com as investigações, o vendedor ambulante já havia feito ameaças de matar a mulher.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Seis homens morrem em operação na Favela da Coreia


Seis homens morreram e um ficou ferido em confronto durante uma operação policial na Favela da Coreia, em Senador Camará, na Zona Oeste do Rio. Desde o início da manhã desta quinta-feira (20), cerca de 200 policiais do 14º BPM (Bangu) e agentes da 34ª DP (Bangu) fazem uma incursão na comunidade para combater o tráfico de armas e drogas.

Houve um intenso tiroteio na chegada dos agentes ao local. Segundo a polícia, logo no início um dos homens baleados estava com uma pistola 9 mm. Ele foi atingido na Rua Coronel Tamarindo, perto da linha férrea e morreu.

Durante a operação, 17 homens foram presos. Segundo a polícia, nove deles já foram identificados pela polícia como integrantes do tráfico na região. Entre eles, estariam os traficantes conhecidos como Bebezão e Mustafá, apontados pela polícia como principais colaboradores do chefe do tráfico Matemático, que está foragido.

Seis pistolas e uma espingarda calibre 12 mm, além de munição e sete radiotransmissores foram apreendidos. Também foram recolhidos três carros roubados e uma moto, que seria usado por Diego, filho de Matemático.

Segundo tenente-coronel Ricardo Brito, subcomandante do 14º BPM, os policiais contam com o apoio de seis veículos blindados. A operação ainda está em andamento, segundo ele.

Os presos e o material apreendido serão levados para a 34ª DP (Bangu).

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Policiais não viram mulher ser roubada em delegacia, diz seccional

Um escrivão e uma carcereira do 1º Distrito Policial de Salto, cidade a 107 km de São Paulo, confirmaram nesta sexta-feira (14) à Corregedoria da Polícia Civil e aos seus superiores que uma comerciante de 52 anos teve a bolsa roubada por assaltantes dentro da delegacia no final da tarde de quinta-feira (13). Ela tinha ido registrar o furto de seu telefone celular, mas saiu de lá sem R$ 13.500 que estavam dentro de sua bolsa.

Os criminosos fugiram diante dos policiais, que não fizeram nada para impedir o roubo, segundo a vítima. Ela havia sacado a quantia no banco horas antes. A bolsa foi encontrada jogada na rua sem o dinheiro. Durante a confusão, a mulher entrou em luta corporal com um dos assaltantes e machucou o braço, que precisou ser enfaixado.

Em suas defesas, o escrivão e carcereira contestam a versão da mulher de que eles viram a ação criminosa e não fizeram nada porque teriam confundido o roubo com uma briga de casal. Eles alegam que estavam trabalhando em salas separadas do plantão policial e, por isso, não assistiram ao assalto. Disseram ainda que ouviram uma “gritaria”, acharam se tratar de uma briga de casal, quando se deram conta foram ver o que acontecia e viram homens saírem com a bolsa da mulher. Só depois eles teriam percebido que eram assaltantes em fuga.

Além dos policiais, uma atendente, funcionária da prefeitura, estava na delegacia. Ouvida, ela alegou que o roubo foi muito rápido e por isso não conseguiu pedir socorro para a comerciante. Dos três funcionários que estavam no DP, somente o escrivão e a carcereira estariam armados.

'Não houve nem tempo de reação'

“Os policiais disseram que não intervieram porque não houve tempo hábil e custaram a entender o que estava acontecendo. No momento em que a mulher chegou à delegacia, atendente estava conversando com outras pessoas. O escrivão estava na sala, fazendo o trabalho dele. A carcereira em outra sala, cuidando de pendências administrativas. Ou seja, eles não estavam vendo o que acontecia no plantão. Policiais disseram que não houve nem tempo de reação. Quando ouviram gritaria, os bandidos estavam fugindo. A ousadia foi tão grande que nem suspeitaram do roubo. Acharam que fosse uma briga de casal”, afirmou por telefone ao G1 na manhã desta sexta o delegado seccional de Sorocaba, André Moron. Ele é o superior dos delegados em Salto.

Ainda de acordo com o delegado seccional, dois investigadores e um delegado do 1º DP não estavam na delegacia no momento do crime porque estavam trabalhando em outros locais. “Os investigadores estavam na rua, em diligência. O delegado, no fórum”, disse Moron.

Assaltantes teriam confundido delegacia
Segundo o seccional, os policiais que não impediram o roubo dentro da delegacia disseram que os criminosos estariam seguindo a vítima desde o banco e, por esse motivo, talvez tenham confundido o DP com qualquer outra repartição pública. “Como a delegacia funciona numa casa improvisada, ao lado de uma creche, os policiais acham que os assaltantes não sejam da região. Eles acreditam que os bandidos não pensassem que estivessem dentro de uma unidade policial. Afinal de contas, foi uma ação bastante ousada”, disse o delegado Moron.

Apesar de afirmar que quer acreditar na versão do escrivão e da carcereira, o seccional classificou como “um absurdo” o roubo dentro do 1º DP. “Essa ocorrência é um absurdo. Em 22 anos trabalhando na polícia, nunca ouvi falar disso. Se houve erro deles, foi a demora no entendimento daquilo do que estava acontecendo”, disse Moron.

O delegado informou que ainda vai avaliar se é o caso de se repensar a questão da segurança nos distritos. “Vou analisar o que aconteceu para saber se há necessidade de alguma mudança em relação a isso”, afirmou o seccional. Ainda, segundo ele, todo o efetivo da polícia da região de Sorocaba está na busca dos criminosos.

O delegado titular da 7ª Corregedoria Auxiliar de Sorocaba, Marcio Vieira Rodrigues, instaurou inquérito policial para apurar no âmbito administrativo os fatos relacionados à ocorrência. O órgão investiga se o escrivão e a carcereira cometeram prevaricação ou omissão de socorro por não impedirem o roubo dentro da delegacia. A atendente, que não é policial, também é averiguada.

Nenhum dos três funcionários que estavam na delegacia têm qualquer punição no currículo. Eles não foram trabalhar nesta sexta porque estão à disposição da corregedoria. Caso sejam considerados culpados, poderão ser punidos ou dispensados do serviço público.

domingo, 9 de maio de 2010

Presente de Dia das Mães é 'dinheiro gasto à toa', diz filho

Quem conversa com o empresário Carlos Marcovici fica com a impressão de que ele ama sua mãe. Mas quem o encontrar neste domingo pode duvidar disso, já que ele não dá presente para a mãe no dia delas.

O Dia das Mães é uma das datas mais importantes para o comércio no ano, e pesquisa da Fundação Getúlio Vargas aponta que a maioria dos consumidores pretende gastar mais de R$ 50 no presente da mamãe. Mas tem gente, como Carlos, que prefere não presentear nesta data.

“Há muitos anos que não dou presente. No dia que eu precisar que alguém me lembre que tenho mãe, eu já estou morto”, diz o empresário.

Carlos Marcovici, que não dá presente no Dia das MãesCarlos Marcovici, que não dá presente no Dia das Mães (Foto: Arquivo Pessoal)

Bem-humorado, ele diz que “tira sarro” de quem vai a restaurantes lotados no domingo das mães. “Minha mãe aceita bem a minha decisão. Ela sabe que meu respeito e meu amor por ela é o ano inteiro”, conta Carlos.

O empresário conta que há cerca de 15 anos ele teve uma discussão com a mãe sobre a questão do Dia das Mães e enviou a ela uma carta explicando sua filosofia. “Desde então, estamos tranquilos com relação a isso. Eu dou presente, mas é espontâneo: outro dia, estava no carro com minha família e vi uma floricultura, aí parei e comprei flores para minha mãe e minha filha”, diz ele.

Carlos tenta convencer seus próprios filhos da sua visão a respeito do Dia das Mães, mas diz que, se eles querem sair com a mãe, ele vai também. “Vira um dia de consumo, não tem onde estacionar, onde comer. Eu sei que uma ligação, uma visita a minha mãe vale um ano de presentes.”

Outros valores

O professor universitário Elisson Andrade tem uma visão semelhante, mas pensa também no lado financeiro. “Temos muitos gastos com presentes e lembrancinhas, porque tem muitas datas comemorativas e muitas pessoas que a gente gosta. Eu não dou presente nestas datas, é um dinheiro gasto à toa”, acredita ele.

“Existe uma obrigação social de dar presente. Eu acho um desperdício, você gasta dinheiro que às vezes não tem ou não pode gastar para comprar uma coisa que a pessoa não precisa”, resume ele.

Com relação a sua mãe, ele diz que ela “não liga para isso”. “Ela liga de eu telefonar, de ir almoçar com ela. Não é isso [o presente] que mostra o amor que eu tenho por ela. Se ela quiser ou precisar de algo, eu compro para ela”, conta Elisson.

O professor universitário diz que também compra presentes para a mãe no resto do ano quando vê algo que sabe que ela vai usar ou que gostaria. “Quando viajo, compro doce de laranja, que sei que ela gosta”, diz ele.

sábado, 1 de maio de 2010

Papa nomeia delegado para controlar congregação 'Legionários de Cristo'

O Papa Bento XVI decidiu nomear um delegado para controlar diretamente a congregação Legionários de Cristo, fundadada pelo mexicano Marcial Maciel Degollado, já falecido, anunciou o Vaticano neste sábado (1º). Maciel foi acusado por diversos abusos sexuais.

A Igreja tem "a firme vontade de acompanhar e ajudar" a congregação "no caminho da purificação que a espera" e Bento XVI "indicará em breve as modalidades desse acompanhamento, começando pela nomeação de um delegado", informou o Vaticano em comunicado.

O anúncio segue-se a reuniões mantidas pelo papa na sexta-feira e neste sábado no Vaticano com os cinco bispos que realizaram uma inspeção na congregação.

Marcial Maciel teve um "comportamento objetivamente imoral", diz o comunicado do Vaticano. "Testemunhas incontestáveis" confirmam fatos muitas vezes "criminosos" que "demonstram uma vida sem escrúpulos e sem um autêntico sentimento religioso", diz a nota.

Maciel, que até sua morte dirigiu com mão de ferro os Legionários de Cristo, congregação fundada em 1941 no México, era pai de uma menina, filha de uma relação secreta, cuja existência foi reconhecida em 2009.

Em maio de 2006, Bento XVI havia obrigado a Marcial Maciel a "renunciar a qualquer ministério público" e a "a retirar-se na oração e na penitência". A congregação está presente em 22 países, particularmente no México e na Espanha, possuindo 800 sacerdotes, 2.500 seminaristas e 70.000 membros leigos. além de administrar 12 universidades.

Marcial Maciel Degollado (1920-2008) levava uma vida dupla, com pelo menos duas mulheres e três filhos, criando em torno de si um mecanismo de defesa que o tornou por longo tempo inatacável, sendo, por conseguinte, difícil, o conhecimento de sua verdadeira vida.

É por isto que "a descoberta e o conhecimento da verdade sobre o fundador provocou, nos membros da Legião, surpresa, desconforto e profunda dor, o que ficou evidenciato pelos inspetores visitantes" diz nota do Vaticano.

Bento XVI garantiu seus pensamentos e orações aos que foram "vítimas desses abusos e do sistema de poder" exercito por Degollado. O Santo Padre - explica o Vaticano - "quer tranquilizar todos os legionários e membros do movimento Regnum Christi que não serão deixados sozinhos: a Igreja tem a vontade firme de acompanhá-los e ajudá-los no caminho da purificação que os espera. Isso diz respeito, também a uma confrontação sincera com os que, dentro e fora da Legião, foram vítimas de abusos e do sistema de poder criado".

"Desta forma" - prossegue a nota - "o Santo Padre dedica seus pensamentos, orações e agradecimentos aos que, apesar de grandes dificuldades, tiveram a coragem e a perseverança de exigir a verdade".

Cinco visitadores apostólicos realizaram de 15 de julho de 2009 até a metade de março passado, uma investigação sobre a Congregação nos cinco continentes. Foram eles: Ricardo Watty Urquidi, bispo de Tepic (México); Charles Joseph Chaput, arcebispo de Denver (Estados Unidos); Giuseppe Versaldi, bispo de Alessandria; Ricardo Ezzati Andrello, arcebispo de Concepción (Cjile); Ricardo Blazquez Perez, bispo de Bilbao (Espanha).