sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Dilma reafirma compromisso com liberdade religiosa
No documento, Dilma diz que se dirige mais uma vez aos eleitores para “pôr um fim definitivo à campanha de calúnias e boatos espalhados" por "seus adversários eleitorais”.
A petista reafirma na carta que defende as liberdades religiosas e a convivência entre diferentes religiões, que é pessoalmente contra o aborto e defende a manutenção da legislação sobre o assunto e “outros temas recorrentes à família”.
Dilma diz ainda no texto que “se Deus quiser", e se o povo brasileiro lhe der "a oportunidade de presidir o país", vai manter os programas Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida, entre outros.
A candidata diz esperar que a carta sirva para “deter a sórdida campanha de calúnias contra mim orquestrada”.
Confira a íntegra da carta:
“Mensagem da Dilma
Dirijo-me mais uma vez a vocês, com o carinho e o respeito que merecem os que sonham com um Brasil cada vez mais perto da premissa do Evangelho de desejar ao próximo o que queremos para nós mesmos. É com esta convicção que resolvi pôr um fim definitivo à campanha de calúnias e boatos espalhados por meus adversários eleitorais. Para não permitir que prevaleça a mentira como arma em busca de votos, em nome da verdade quero reafirmar:
1. Defendo a convivência entre as diferentes religiões e a liberdade religiosa, assegurada pela Constituição Federal;
2. Sou pessoalmente contra o aborto e defendo a manutenção da legislação atual sobre o assunto;
3. Eleita presidente da República, não tomarei a iniciativa de propor alterações de pontos que tratem da legislação do aborto e de outros temas concernentes à família e à livre expressão de qualquer religião no País.
4. O PNDH3 é uma ampla carta de intenções, que incorporou itens do programa anterior. Está sendo revisto e, se eleita, não pretendo promover nenhuma iniciativa que afronte a família;
5. Com relação ao PLC 122, caso aprovado no Senado, onde tramita atualmente, será sancionado em meu futuro governo nos artigos que não violem a liberdade de crença, culto e expressão e demais garantias constitucionais individuais existentes no Brasil;
6. Se Deus quiser e o povo brasileiro me der, a oportunidade de presidir o País, pretendo editar leis e desenvolver programas que tenham a família como foco principal, a exemplo do Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e tantos outros que resgatam a cidadania e a dignidade humana.
Com estes esclarecimentos, espero contar com vocês para deter a sórdida campanha de calúnias contra mim orquestrada. Não podemos permitir que a mentira se converta em fonte de benefícios eleitorais para aqueles que não têm escrúpulos de manipular a fé e a religião tão respeitada por todos nós. Minha campanha é pela vida, pela paz, pela justiça social, pelo respeito, pela prosperidade e pela convivência entre todas as pessoas.
Dilma Rousseff”
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
No Rio, Dilma defende reforma tributária e redução da dívida pública
Rousseff, em carreata no Rio nesta quarta(06)
(Foto: Sergio Moraes / Reuters)
A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta quarta-feira, durante carreata no na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, a redução da dívida pública e uma reforma tributária como forma de combater problemas de câmbio.
Dilma disse que o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações de estrangeiros em renda fixa tem como principal função evitar o investimento especulativo no país.
"Eu considero que o ajuste fiscal não tenha uma relação direta com o câmbio", disse Dilma. "Acho que o IOF sempre foi uma das medidas também para inibir a especulação mais do que qualquer coisa”, afirmou.
O ministro da Fazenda Mantega anunciou nesta segunda-feira (4) a alevação do IOF de 2% para 4% para os investimentos estrangeiros em renda fixa.
Dilma defendeu que a medida fosse aliada a uma reforma tributária e à redução do endividamento público para que os produtos nacionais seja mais competitivos diante das mudanças no câmbio brasileiro.
"Agora o que nós vamos ter que fazer é aumentar a competitividade da indústria brasileira, tanto através de uma reforma tributária quanto através do processo de melhoria do endividamento público. [...] Isso vai permitir que a gente reduza os juros e com isso a relação com o câmbio também vai melhorar, mas é necessário esse processo de redução [da dívida]".
Baixada Fluminense
A candidata deu entrevista no início da carreata promovida em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, onde cumpre agenda nesta quarta-feira.
A agenda de Dilma na Baixada Fluminense incluía ainda a cidade de São João de Meriti. Ela disse que escolheu a região para reiniciar sua campanha por ser uma área carente e que depende de ações do governo nas áreas de saúde e segurança.
Dilma afirmou que em seu eventual governo continuará a investir nestas áreas. Na carreata na Baixada Fluminense, participaram os senadores eleitos Marcelo Crivella (PRB) e Lindberg Farias (PT), além de deputados do Rio de Janeiro.