Juan Manuel Santos recebeu, por volta das 17h45 (horário de Brasília) deste sábado (7), a faixa presidencial colombiana das mãos do presidente do congresso Armando Benedetti e fez o juramento com o qual toma posse como o 59º mandatário de seu país.
O ato aconteceu diante de uma plateia de autoridades nacionais e estrangeiras, como os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, Cristina Kirchner, da Argentina, além do princípe Felipe, da Espanha. Segundo a imprensa local, delegações de 80 países compareceram ao evento, um quarto delas representadas por seus chefes de Estado.
Santos assume com a promessa de dar continuidade às políticas de segurança e de abertura econômica de seu predecessor Álvaro Uribe, que deixa o cargo ao final de oito anos de mandato, com um índice de aprovação de 80%.
Continuidade
Considerado o sucessor de Uribe, de quem foi ministro da Defesa entre 2006 e 2009, Santos se apresenta aos colombianos como o presidente que manterá a política de mão dura com a guerrilha, acentuando, ao mesmo tempo, em que promete dar destaque à questão social, num país que possui 46% de pobres e 12% de desemprego.
"Temos muitas esperanças no governo de Juan Manuel Santos que ora começa", declarou Uribe na noite de sexta-feira, ao receber para um jantar os representantes estrangeiros convidados para a cerimônia de posse.
Uribe se viu impedido neste ano de optar por um terceiro período de governo por decisão da Corte Constitucional.
Na madrugada deste sábado, Santos realizou um ritual durante o qual representantes de comunidades indígenas, como kankuamos, koguis, wiwas e arahuacos, deram-lhe o bastão de comando e muitos conselhos sobre o novo governo.
O ato oficial de posse acontece nas escadarias do Congresso, na Praça Bolívar, em Bogotá.
Venezuela
Neste sábado, chegaram a Bogotá o presidente equatoriano, Rafael Correa, e o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, em um gesto destinado ao novo governo.
"Contem sempre com nosso total apoio. Estamos aqui para ratificar essa irmandade inquebrável de nossos povos", disse Correa em sua chegada ao aeroporto militar de Bogotá, no que se constitui sua primeira viagem à Colômbia desde a ruptura das relações bilaterais.
Maduro, no entanto, disse que "queremos estender nossa mão, felicitar o governo do presidente Santos e dizer a ele que viemos com a melhor disposição de avanço, olhando para o futuro".
Santos, de 58 anos, do partido direitista da U, terá mandato de 2010-2014, com possibilidade de reeleição. Para o cargo de vice-presidente foi escolhido o ex-líder sindical e ex-ministro do Trabalho, Angelino Garzón.
Segurança
No total, 27 mil militares e policiais estão mobilizados na cidade, de 7 milhões de habitantes.
A capital tem na memória os atentados que marcaram a posse, em 2002 de Alvaro Uribe - várias ações com artefatos artesanais que fizeram 18 mortos.
A perseguição e luta contra a guerrilha, que conta, ainda com 7.500 a 10.000 combatentes, segundo estimativas, foi um dos principais compromissos de campanha de Juan Manuel Santos.
Na quarta-feira, Santos anunciou que seus futuros ministros comprometeram-se por escrito contra a "corrupção", o "suborno", "o tráfico de influência e os crimes contra o Estado".
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