segunda-feira, 16 de maio de 2011

Sobe para 59 o número de presos por fraude em verbas da saúde

A Polícia Federal informou no início da noite desta segunda-feira (16) que prendeu 59 pessoas na operação Saúde, que investiga um esquema para compras fraudadas de medicamentos.

Segundo a PF, os investigados atuavam no desvio de verbas públicas destinadas pelo governo federal para a compra de medicamentos por prefeituras. Os remédios deveriam ser distribuídos entre as populações carentes.

No Rio Grande do Sul, foco principal das irregularidades, foram efetuadas 25 prisões. Outras três pessoas foram presas em Santa Catarina, seis no Paraná, seis em Mato Grosso do Sul, 18 em Mato Grosso e uma em Rondônia. A PF também cumpriu 70 mandados de busca e apreensão nos seis Estados, além do Pará.

Dentre os presos, 34 são servidores públicos, sendo 12 deles secretários municipais de Fazenda, Finanças e, principalmente, Saúde. Quatro servidores e mais três envolvidos estão foragidos.

Foram desbaratadas três organizações criminosas que concentravam sua atuação no pequeno município gaúcho de Barão de Cotegipe, com mais de 15 empresas estabelecidas no ramo de distribuição de medicamentos. Em apuração inicial, constatou-se a movimentação de R$ 40 milhões em 2009 e de R$ 70 milhões, em verbas federais, em 2010, para apenas um dos grupos investigados.As empresas envolvidas no esquema venciam as licitações oferecendo preços muito baixos preferencialmente em pregões presenciais de municípios de pequeno ou médio porte. Em muitos casos, a licitação já estava direcionada para as empresas envolvidas no esquema.


Em relação à entrega dos medicamentos e demais insumos, foi constatada que a quantidade entregue era frequentemente menor que a constante da nota fiscal e que os medicamentos eram entregues em data próxima à da expiração da validade.

De acordo com a CGU (Controladoria-Geral da União), foi verificada “de forma recorrente” a inexistência de controles de estoque nas farmácias das prefeituras municipais envolvidas. Fiscalizações realizadas em 2009 e 2010 em 22 municípios dos sete Estados citados confirmaram a ocorrência das irregularidades que levaram a prejuízos de, pelo menos, R$ 3 milhões.

A PF informou também que os envolvidos serão acusados por corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha,

Nenhum comentário:

Postar um comentário